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O jogo com o Independente, no campo do Colégio Guanella, em Porto Alegre, foi um verdadeiro exercício de paciência. Primeiro pelo atraso de 45 minutos causado pela  falta de número suficiente  de atletas do time da casa e pela ausência de juiz. Depois, pela péssima arbitragem que, além de validar dois gols irregulares do Independente, se omitiu nos momentos de confusão e jogadas mais ríspidas. E como diz o ditado: “quem espera sempre alcança” , o La Barca teve calma e inteligência e soube transformar uma derrota parcial de 2 a 0 numa festejada e merecida vitória por 5 a 4. A partida marcou o retorno de Natã e teve no setor ofensivo do “jaldi-negro das meninas que têm sede de Martini” os destaques da partida. Entre eles, Júnior, Japão, Fernando e Maurício.

No pequeno e irregular gramado do Guanella, o La Barca foi surpreendido logo aos cinco minutos. Numa cobrança de falta no lado direito da área, Zapata não saiu e o atacante do Independente tocou com facilidade para a rede. Confuso e errando muitos passes, o La Barca não teve forças para empatar e, num lance irregular, com dois impedimentos na mesma jogada, o time da casa ampliou aos 20 minutos. Com a complacência do árbitro, o jogo de tornou ríspido, com  faltas desleais e muito bate-boca. Com a entrada de Júnior no ataque e a expulsão de Fernando, o La Barca mudou o seu posicionamente e conseguiu descontar aos 37 minutos. Numa assistência de Japão, Júnior ganhou na velocidade do zagueiro e encobriu o goleiro para fechar o primeiro tempo em 2 a 1 para o Independente.

                                         Japão marcou duas vezes na vitória do La Barca.

Na etapa final, o Independente abriu 3 a 1 aos seis minutos. Numa falha da zaga, Saranda chutou cruzado e venceu o goleiro Zapata. Logo em seguida, não fosse uma grande e espetacular defesa de Zapata, o time da casa poderia ter liquidado o jogo.Mas não o fez e a partir disso, numa demosntração de inteligência e aplicação, foi a vez do La Barca tomar conta da partida. Aos dez minutos, num pênalti sofrido por Júnior, Japão descontou. E aos 14, Fernando, após uma jogada individual, numa espécie de “pegadinha do Malandro”, enganou a zaga e quando parecia que havia perdido o controle da bola, chutou de bico para surpreender o goleiro e empatar o jogo em  3 a 3. Aos 18, Natã fez  jogada pela intermediária e serviu Tião que chutou de fora da área para acertar o canto esquerdo e fazer 4 a 3 para o La Barca.

Mas o jogo ainda não esteva decidido. A temperatura aumentou e o Independente, na base da bola parada, foi em busca do empate. E ele veio em um novo lance confuso. Numa cobrança de falta da intermediária, a bola ficou pingando num bate e rebate até que desviou na canela de um atacante que estava escorado no poste, em impedimento,  e entrou. O juiz não quis discussão e confirmou o empate em 4 a 4 aos 33 minutos. Porém, a prova máxima da paciência labarquense veio aos 40  minutos. Maurício, em contra-ataque, se livrou de duas faltas, invadiu pelo meio, e serviu Japão, que entrava pela esquerda . O meio-campista nipo-brasileiro chutou em curva pelo alto e acertou o canto oposto para decretar o 5 a 4, na vigésma vitória do La Barca em 27 jogos na temporada.


LA BARCA – Zapata, Kiko(Cléber), Rafinha, Leonardo e Lico, Lúcio(Natã), Tião, Ânderson e Japão, Maurício(Jones) e Fernando(Júnior).    

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