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Placar elástico não resume o desenrolar da partida.

Para os desavisados, a goleada do La Barca sobre o Colorado por 10 a 1 pode dar a impressão de ter sido um jogo fácil e unilateral. Porém, dentro de campo, a coisa foi bem diferente, pois, cheio de artimanhas e fazendo uma guerra psicológica, o adversário vendeu caro a derrota.

A primeira malandragem utilizada pelo Colorado foi retardar o início da partida e tentar desmobilizar o time da casa. O jogo, que estava marcado para às 10h, somente começou às 11h20min. Esse artifício foi logo superado, pois com sete minutos o La Barca, por meio de Ânderson, conseguiu abrir o marcador. Em desvantagem, o Colorado colocou em prática uma nova tática: fazer o tempo correr sem tocar na bola. Cada falta ou marcação do árbitro era motivo para longos simpósios. Isso sem falar no esquema ultra-arrojado. Na tentativa de confundir a marcação, o Colorado escalou um homem de linha no gol, configurando o esquema tático do 1-4-4-2.

Essas duas novidades deram um suporte por cerca de 30 minutos, pois o La Barca conseguiu marcar o segundo gol, com Júnior, somente aos 35 minutos. E o terceiro veio aos 43 numa das quatrocentas jogadas individuais que Lico tentou ao longo da partida.

Bastante irritado, Marino, o presidente do Colorado, saiu de campo reclamando da arbitragem que, segundo o dirigente, não teria marcado um pênalti de Zapata em cima de Mateus quando o jogo ainda estava 1 a 0.

Para o segundo tempo, o Colorado continuou lançando mão de táticas ardilosas para buscar a recuperação, uma delas foi escalar o presidente Marino como goleiro. Mas isso também não surtiu efeito, pois logo aos dois minutos, Maurício, de volta ao time, fustigou o zagueiro que acabou marcando contra. E o quinto gol foi marcado por Tião com um charmoso corte de cabelo ¨Pelezinho”. Ele construiu a jogada com força e técnica, ganhou uma dividida e teve qualidade para desviar do goleiro.


Japão sai abalado pela falta de gol no time do La Barca. Mesmo lesionado, Cléber entra animado.

Aos 14 minutos, finalmente o Colorado deu sinal de recuperação e marcou o primeiro gol através de Mateus. Mas a reação parou por aí. Aos 21, num momento histórico do time e mágico da vida, do futebol e da vida, Antônio – com uma conclusão de alta técnica – marcou o primeiro gol com a camisa do La Barca.

Diego marcando seu gol no segundo tempo.

No embalo, Diego fez o sétimo e aos 30 minutos, finalmente o Colorado se deu por vencido e jogou a toalha. Ânderson invadiu pela direita, a zaga parou pedindo impedimento, o goleiro/presidente Marino desistiu da jogada e reclamou do juiz e ai ficou fácil para acontecer o oitavo gol.

Levando 8 a 1, o Colorado não quis mais jogar e passou a reclamar de tudo: do preço da batata, da arbitragem, do pênalti que não foi marcado no primeiro tempo, da temperatura, do nome da cidade, de que a cerveja não estava gelada, enfim… Mas isso não abalou o La Barca que marcou o nono gol com Diego e fechou o placar com Ânderson.


Apesar de um início sorridente, a dupla de árbitros sofreu muitas reclamações do Colorado.

A reclamação do Colorado foi tanta que a arbitragem resolveu o jogo mais cedo. Ao fim dos 85 minutos: La Barca 10 x 1 Colorado.

La Barca – Zapata, Kiko, Cléber(Fá), Leonardo e Lico; Badeco, Cleiton, Diego(Tião) e Japão, Júnior(Maurício) e Ânderson (Antônio)

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