A semana foi de crise nos bastidores, mas dentro de campo, o La Barca mostrou união e bom futebol O time goleou o Paivense por 6 a 2 no Sítio do Lami e segue invicto na temporada. Ben-Hur, com dois gols, e Fernando, que acabou com a má fase e também marcou duas vezes, foram os destaques entre os goleadores, Mas o grande nome do jogo foi Dan, nosso “PH”(apelido carinhoso para Pequeno Homofóbico), que fechou o placar, acertou um chute que triscou o poste e foi o comandante do time.

Os bastidores do Labarca viveram dias agitados durante a semana quando o zagueiro Leonardo ameaçou não jogar. A versão oficial era de que ele tinha um compromisso particular no sábado que impossibilitaria a participação no confronto. Mas outras fontes trouxeram a informação de que ele estaria se preservando para um torneio por outra equipe no domingo.

O mal estar criado pela possível ausência de Leonardo dividiu o comando do Departamento de Futebol, mas a situação foi contornada e o zagueiro acabou participando normalmente da partida.

Após um longo tempo afastado por causa de uma lesão na coxa, capitão Lúcio finalmente voltou a atuar pelo LaBarca. Ele entrou aos vinte minutos do segundo tempo e saiu de campo satisfeito pela vitória e por não ter sentido nenhuma dor:

 – Estou muito feliz por voltar a jogar pelo LaBarca. Para mim, a temporada está começando hoje – desabafou Lúcio, que nesse período em que esteve afastado dos gramados ajudou bastante quando assumiu o cargo de treinador interino.

Mas se Lúcio festejou a volta, outros colegas que estavam no Departamento Médico não tiveram a mesma sorte. Júnior voltou a sentir a lesão na virilha. E Antônio também saiu mais cedo por causa do problema no joelho. Outra preocupação passou a ser o zagueiro Jurandir, que saiu de campo alarmado ao descobrir o surgimento de um fio de cabelo branco em sua cabeça.

Bem que o colega Cleiton havia avisado: “tá na hora de passar uma coisa preta nesse corpo para acabar com a zica”. Mas Fernando, que não marcava há seis jogos, preferiu apostar no seu potencial e, sem apelar para o sobrenatural, acabou com a má fase, marcando duas vezes.

– O primeiro gol foi mais bonito. Teve a colaboração dos companheiros numa bela jogada. Mas o segundo também foi valioso. Serviu para acabar com a má fase e confirmar a vitória – declarou Fernando, o artilheiro dos cem gols.

A vitória do LaBarca foi facilitada com um gol muito cedo. Com menos de dois minutos, Leonardo avançou com estilo pela esquerda e lançou na cara do gol para Ben-Hur que fechou no segundo pau e bateu de chapa para abrir o marcador. Logo a seguir, o Paivense respondeu e numa cobrança de escanteio, um dos zagueiros acertou um cabeceio no canto, obrigando Zapata a fazer uma grande defesa.

O jogo seguiu equilibrado até os trinta minutos com o LaBarca tendo maior domínio e o Paivense tentando atacar. mas parando na defesa labarquense. Aos 30 minutos veio o segundo gol e o alívio no placar. Dan avançou pela direita da intermediária e LANÇOU para Ben-Hur entrar livre pela esquerda e chapar para o fundo da rede. Dois minutos, veio o terceiro gol. Cleiton se livrou de três adversários pela esquerda, rolou para Dan, o nosso PH. que SERVIU para Fernando entrar livre e só desviar do goleiro para fechar o primeiro tempo em 3 a 0.

No segundo tempo, mesmo com as cobranças para que o time não afrouxasse o ritmo, o Paivense descontou aos sete minutos. Num lançamento que pegou a defesa mal colocada, Zapata não saiu do gol esperando que Leonardo e Cleiton resolvessem a jogada. Nessa de um deixar para o outro, a bola acabou sobrando para Eduardo Petry, livre, rolar para o fundo da rede e descontar. Porém, o LaBarca que já havia marcado um quarto gol com Natã e não confirmado pelo árbitro, não deu tempo para reação. Numa combinação entre Diego, Cleiton e Fernando, Japão recebeu pela esquerda e chutou forte para fazer 4 a 1.

O cinco a um veio aos 30 minutos. Numa jogada de Ben-Hur pela direita, ele acabou sendo desarmado na hora do chute e a bola sobrou para Fernando que deu um bico sem chances para o goleiro. O Paivense ainda teve a expulsão de Rafael por reclamar de um pênalti que não existiu e acertadamente não foi marcado. Mas aos 32 teve uma recompensa quando o árbitro assinalou um pênalti discutível, quando a bola, num lance involuntário bateu no braço de Cleiton. Na cobrança, Rodrigo bateu e descontou. E aos 40 minutos veio o premio para Dan. Numa jogada em combinação com Ben-Hur e Cleiton, o Pequeno Homofóbico recebeu na entrada da área e chutou com precisão para fazer 6 a 2 e fechar o placar.

La Barca – Zapata, Cleiton(Júnior), Cléber(Lúcio), Jurandir(Kiko) e Leonardo,Fá, Badeco(Natã), Dan e Japão(Diego); Ben-Hur(Antônio) e Fernando.