Diego, de pênalti, fecha o placar na vitória do La Barca.

 Os  jogos entre La Barca e Academia do Povo sempre foram marcados por muita camaradagem, por muito disputa e por uma grande vantagem labarquense. Nesse duelo iniciado em 2011,  a Academia venceu apenas uma vez. Mas esse desequilíbrio está com os dias contados. Pois, é visível o crescimento técnico do time comandado por Jacaré. A equipe gravataiense, além de remoçada, apresenta um futebol de muita qualidade, a tal ponto que, no último sábado, mesmo atuando com dez jogadores, encarou o La Barca de igual para igual e, apesar de perder por 5 a 2, por muitas vezes, principalmente no primeiro tempo, mandou no jogo realizado na Arena Progresso, na Lomba do Pinheiro.

Zaga batida e a Academia abre o marcador.

Tentando diminuir o prejuízo  da falta de um jogador, a Academia do Povo começou esperando o La Barca no campo de defesa, aguardando para sair no contra-ataque. E a estratégia deu certo,pois aos 9 minutos, Badeco não conseguiu matar uma escapada pelo lado direito de ataque, Cléber, na cobertura, errou o bote, e Felipe entrou livre para abrir o marcador. Na sequência, nova falha e a bola sobrou livre para Felipe. Entretanto, dessa vez, Zapata, bem colocado, conseguiu defender.

Mesmo sem fazer um grande jogo, o La Barca, que já havia perdido duas chances com Ânderson, chegou ao empate aos 27 minutos. Lúcio fez um lançamento da intermediária para Fernando que ganhou da zaga e rolou par Pedrinho entrar pelo lado esquerdo da área, chutar rasteiro no canto oposto e decretar a igualdade. Logo em seguida, Lúcio saiu lesionado e o La Barca voltou a vacilar. Entretanto, a entrada de Diego deu uma reanimada nos labarquenses. O próprio Diego teve a chance de fazer o gol da virada, mas, de uma maneira incrível,quase na pequena área, acabou chutando por cima.

Áureo e Fernando cumprimentar Pedrinho, autor do gol de empate.

Se o La Barca tinha Diego, a Academia contava com  Felipe, o camisa dez, que fazia uma grande partida. Ele, na base de individualidade, desmontava a defesa do La Barca, mas, parava no goleiro Zapata. Aos 42 minutos, sentindo o cansaço do adversário , o La Barca deu um “abafa” no campo de ataque. Júnior e Natã pressionaram a saída de jogo e a bola sobrou para Fernando dentro da área. O camisa nove superou a marcação, rolou para Tião que encontrou Diego livre no lado esquerdo. O “maestro pifador”, dessa vez, foi preciso, chutou forte e rasteiro para fazer 2 a 1. Entretanto, o primeiro tempo quase terminou empatado. Pois, no último lance, Felipe, sempre ele, entrou em  velocidade pelo lado esquerdo e chutou cruzado. Zapata salvou com a ponta dos dedos, a bola bateu no poste e a zaga aliviou garantindo a vantagem no placar.

Badeco teve muito trabalho no sábado…inclusive para acordar.

No segundo tempo, o La Barca voltou com três atacantes. Mas foi a Academia que criou a primeira chance, acertando o travessão. Logo a seguir, aos 6 minutos, numa cobrança de falta muito próximo a área, Élinton bateu com maestria e acertou o canto esquerdo empatando o jogo em 2 a 2. O gol deu uma balançada no La Barca que começou a errar excessivamente. As coisas só melhoraram um pouco a  a partir do retorno  de Japão. Ainda vivendo  essa instabilidade, o La Barca marcou o terceiro aos 21 minutos. Japão lançou Ben-Hur que foi ao fundo pelo lado esquerdo, cortou para dentro e bateu quase sem ângulo. O chute foi preciso e surpreendeu o goleiro da Academia.

Ânderson, o famoso siri na lata.

 Com essa vantagem,o La Barca reforçou a defesa com a volta de Badeco e tentou não correr muitos riscos. E a situação começou a ficar sob controle quando aos 26, Tião tabelou com Ben-Hur e recebeu livre na frente para desviar do goleiro e marcar 4 a 2. Com esse gol, a Academia se entregou e viu o La Barca ainda marcar mais um. Aos 32, Japão fez grande jogada pela direita e cruzou para a área. Um zagueiro se atrapalhou e acabou metendo a mão na bola. Pênalti marcado e, apesar dos pedidos para que Zapata  ou Japão batesse, Diego, mostrando foco, seriedade e voz de comando, não abriu mão e bateu com categoria para fazer 5 a 2 e fechar o placar de um jogo que terminou em goleada, que foi muito complicado e que,com certeza, teria outra história se a Academia viesse completa.

La Barca – Zapata, Kiko(Dan), Cléber(Raphinha), Badeco(Leonardo) e Áureo(Carboni), Lúcio(Fá), Natã(Antônio), Pedrinho(Tião) e Japão(Diego), Ândrson(Júnior) e Fernando (Ben-Hur).