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Consagração: após marcar dois gols, Fá deixa o campo

Fágner Gauto, quando chegou ao La Barca, era conhecido como o irmão do Japão. Mas, gradativamente, assumiu o seu espaço. Hoje ele é o Fá, um símbolo da raça, às vezes de ignorância, mas sempre sendo um jogador de muita pegada e entrega. Quase sempre, as boas atuações recebem um desconto na hora da cotação, pois é raro terminar um jogo sem ganhar um cartão amarelo ou criar um “rolinho”. Homem da primeira e única bola, o volante labarquense não se assusta com pouca coisa. Já se livrou de tiro,  facada, descarga elétrica, acidente de trem, naufrágio e até mesmo tsunami. Mas,  mesmo com toda essa bagagem, o jogo de sábado passado(08/06) vai ficar na memória. Afinal, pela primeira vez, ele marcou dois gols(um deles de letra) e foi o principal nome do time na vitória de 3 x 1 sobre o Resenha.

Primeiro gol veio no rebote da falta

Num dia em que o Fá foi a figura de destaque, nada mais natural que o jogo começasse com troca de golpes. Calma, não é isso que vocês estão imaginando. É que o Resenha, de cara, perdeu um gol incrível. E o La Barca, em seguida, respondeu com um cabeceio de Leonardo que o goleiro
salvou em cima da linha. Na sequência, Veto teve mais duas chances e o La Barca começou a tomar conta do jogo, avançando preferencialmente pelo lado esquerdo numa excelente combinação entre Japão, Diego e Carboni. Mesmo desequilibrado, o time cresceu e, com justiça, fechou o primeiro tempo com dois gols de vantagem.

O primeiro gol, aos 23, aconteceu numa jogada fraternal. Japão cobrou uma falta em frente à área e no rebote Fá foi rápido para emendar para a rede. No lance seguinte, o Resenha só na empatou porque Badeco foi providencial e, de cabeça, salvou em cima da linha. O alívio veio aos 42 minutos com o segundo gol. Beline recebeu no fundo pela esquerda e cruzou rasteiro para Fernando no lado oposto. Ao invés de concluir, o camisa nove rolou no centro da pequena área para Fá, com sofisticação, dar um toque de letra e ampliar o marcador.

Gramado ou areal?

A péssima condição do gramado, que mais parecia uma quadra de beach soccer, obrigou o La Barca a preservar algumas peças e, com isso, o ritmo do segundo tempo não foi tão intenso. Mesmo mantendo o controle, o time começou a sofrer alguma escapadas do ataque do Resenha. E nesse momento, o goleiro Zapata precisou trabalhar bastante. Entretanto, aos 29 minutos, não teve jeito. Num lance que começou numa falha de Carboni, o time adversário foi para o contra-ataque e Neymarzinho (um nome nada pretensioso) conseguiu dar um toque por cobertura, diminuir a diferença e ligar o sinal de alerta.

Veto furou a fila e marcou de pênalti

Mas a reação não se concretizou. Pois, aos 34, numa disputa pelo lado esquerdo, próximo à linha de fundo, Fernando pressionou o zagueiro que acabou tocando com o braço na bola. O árbitro marcou pênalti. Veto, no carteiraço, se encarregou da cobrança e não decepcionou. Mateu no canto esquerdo e fechou o placar.

Gramado ou areral?

La Barca – Zapata, Mizael, Badeco(Cléber), Leonardo e Carboni, Lúcio(Natã) e Fá(Tiago), Dan (Pedrinho), Diego(Beline) e Japão e Veto(Fernando)

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