La Barca sofreu muito para alcançar o empate.

O gol salvador veio aos 47 minutos do segundo tempo. Mas,  em vez de comemoração, os jogadores do La Barca iniciaram uma discussão ridícula e desnecessária. Essa inesperada atitude ofuscou o esforço do time que, apesar de largar perdendo por 2 a 0 para o Atlético Barcelos, correu muito e, mesmo com altos e baixos, lutou até o fim em busca do empate em 3 a 3 que veio, mas que não foi devidamente festejado no campo da Arena Progresso.

No começo do jogo, o La Barca entrou precavido para não ser surpreendido pela juventude e velocidade do time adversário. Tocou a bola, buscou alternativas e até criou duas boas chances. Uma com Lúcio e outra com Fernando. Mas, em questão de minutos, a estratégia foi para o espaço, pois o Atlético Barcelos aproveitou os vacilos da defesa labarquense para fazer dois gols que mudaram a história do jogo.

Atlético Barcelos abriu 2 a 0 e complicou a vida labarquense.

No primeiro, aos 16 minutos, o Atlético avançou com rapidez pelo lado direito e meteu uma bola a meio altura para o centro da área. Grilo entrou em velocidade e escorou de primeira para abrir o marcador. Cinco minutos depois, em nova saída rápida, Bruno recebeu pelo lado direito, invadiu a área e chutou cruzado. A bola desviou no pé de Badeco, ganhou efeito, enganou Vini e morreu no canto oposto. Na sequência, quase saiu o terceiro, mas o La Barca começou a mexer no time e cresceu de produção. Teve um pênalti não marcado em cima de Ben-Hur, uma dividia de Kiko com o goleiro, um semi-voleio de Diego e um chute de Tião abafado na pequena área pela zaga. Essa melhora foi premiada com um gol aos 43 minutos quando Japão bateu o escanteio pela esquerda e pegou a rebatida. Ele avançou pela linha de fundo, driblou o marcador e, mesmo com pouco ângulo, chutou em curva acertando o canto esquerdo.

La Barca melhorou com as trocas feitas ainda no primeiro tempo.

O La Barca começou o segundo tempo no mesmo ritmo que terminou o primeiro. Seguiu em cima, martelando em busca do segundo gol. Ele quase veio com Tião. Essa pressão durou cerca de dez minutos. Aos 14 minutos, quando ainda não havia aparecido no ataque , o Atlético Barcelos teve uma falta na intermediária. Na cobrança, a zaga do La Barca falhou na marcação e Grilo entrou e meteu a cabeça para fazer 3 a 1. O terceiro gol foi um banho gelado em cima do La Barca que se abateu, se desorganizou e, por sorte, conseguiu descontar aos 26 através de Pedrinho. Após um cruzamento de Leonardo pela esquerda, Fernando disputou no alto com o goleiro e a bola sobrou para Pedrinho que escorou com a perna esquerda  e,  num gancho de primeira, meteu no canto direito.

Segundo tempo teve muito esforço e pouca organização.

O segundo gol só aumentou a desorganização do La Barca que em busca do gol de empate se mandou para o ataque e abriu espaço para os contra-ataques principalmente nas costas de Leonardo. Num deles, o atacante do Atlético fuzilou e Vinícius fez uma grande defesa e, em outro, a bola rasgou a pequena área e passou raspando o poste. Confuso, porém aguerrido, o La Barca continuou insistindo. Aos 40, quase empatou quando Fernando escorou pra Ben-Hur encobrir o goleiro, mas o zagueiro, de puxeta, tirou quase em cima da linha. E essa correria na reta final foi recompensada com um gol já nos acréscimos. Badeco avançou pelo meio, tocou para Ben-Hur  escorar de calcanha para o zagueiro seguir em direção ao gol. Diego, na sequência,  fez a parede e Badeco deixou a bola correr um pouco. A bola era do goleiro, mas ele vacilou e não agarrou. Esperto, Ben-Hur pegou a sobra e meteu para a rede evitando a derrota, porém, iniciando um vergonhoso bate-boca com Fernando. A discussão abafou na festa pelo empate e seguiu após o apito final. A direção não se manifestou sobre o incidente, mas não será surpresa caso os dois jogadores sejam afastados ou até mesmo negociados.

La Barca – Vini, Kiko(Cleiton), Cléber(Rafinha), Badeco e Leonardo; Lúcio(Tião), Fá, Pedrinho(Ben-Hur), Diego e Japão e Fernando.