Foi daqueles dias em que tudo conspirou a favor. Bola rolando sob sol firme e um La Barca com muita aplicação tática, sob os comandos do ex-atleta Leo Dutra. O adversário da vez era o Triunfo, mas quem triunfou, com sobras, foi o La Barca, que aplicou um 6 a 2 imponente — com direito golaços de fora da área, assistências bem trabalhadas e domínio de ponta a ponta.

Desde o apito inicial o La Barca fez a leitura correta do jogo, envolvendo o adversário com troca de passes e movimentações. O primeiro gol era questão de tempo. E ele veio dos pés de Nando, camisa 9, aos 44 minutos da primeira etapa. Coincidência ou sinal divino, o fato é que ele apareceu no tempo e no espaço certos pra empurrar pra rede e abrir o placar.

Na volta do intervalo, Ronald não quis saber de conversa. Recebeu aos 53 minutos e, com a frieza que lhe é peculiar, mandou pro fundo do gol. Dois a zero. A essa altura, o La Barca já tinha o jogo nas mãos, mas o Triunfo ainda respirava. E foi nesse breve respiro que os visitantes descontaram. Gol que deu uma leve sacudida no jogo.

Mas a resposta veio na marra. Ou melhor: na pancada de fora da área. Pedrinho, de canhota, sem pedir licença, soltou o petardo do meio da rua. Golaço que freou a reação do adversário. Três a um.

O Triunfo ainda teve fôlego pra marcar mais um, com Panni, aproveitando o espaço e acertando um belo chute de fora da área. Mas parou por aí. Porque o La Barca não deixou mais nada passar — nem em campo, nem no placar.

Japão marcou o quarto aos 75, se infiltrando como um raio na área. André, em jogada individual após muita insistência, apareceu aos 87 pra deixar o dele com categoria, e Max, pra não deixar a festa incompleta, fechou a conta aos 90. Se o juiz deixasse mais cinco minutos, era capaz de sair mais um ou dois. Foi uma atuação ofensiva quase perfeita, com direito a defesas firmes, meio-campo coordenado e ataques que terminavam em chances reais.