Dizem que o que começa mal, termina bem. E vice-versa. Mas sábado(6 de julho), o jogo entre Porto-alegrense e La Barca começou mal e terminou pior ainda. Além das costumeiras reclamações sobre a sempre descriteriosa arbitragem do Maia, o confronto teve um excesso de faltas, muito bate-boca, abandono de campo, ameaças e, como era previsível, pancadaria no final. Assim, o La Barca nem festejou a grande vitória obtida de virada por 4 x 1, com três gols marcados por Ânderson que agora, ao lado de Fernando, assume a liderança da artilharia na temporada com nove gols.

Com seis minutos de jogo, Maia marcou um pênalti muito discutível a favor do Porto-alegrense quando a bola bateu na mão de Áureo. Isso foi o estopim para o início do descontrole. Murilo bateu no canto direito e abriu o marcador. Logo em seguida, Beline foi atropelado dentro da área e a arbitragem deixou o lance seguir, Na sequência, Leonardo sofreu uma solada, ficou estendido no campo e o juiz, dizendo que não era médico, nem sequer foi lá ver o que aconteceu. 

Mas aos poucos, o La Barca colocou os nervos no lugar e começou a jogar. Antes mesmo de sofrer o primeiro, o time através de Japão já havia criado uma chance. Depois foi a vez de Beline não conseguir alcançar uma bola quase na pequena área. Até que aos 21, fazendo justiça no placar, Japão armou a jogada pelo meio e serviu para Ânderson pelo lado direito. Ele cortou a marcação e bateu sem chances para fazer 1 x 1. Bem postado defensivamente e com uma marcação rigorosa de Áureo sobre Murilo, La Barca quase não era incomodado. A única chance do Porto-alegrense veio num contra-ataque pela direita onde a bola passou na boca do gol, mas não teve conclusão.

A virada do La Barca veio de uma maneira surpreendente, Aos 32, Ânderson, batendo escanteio da direita, fez um gol olímpico. Desconcertado, o time da casa ainda viu Beline marcar o terceiro aos 36. O jovem Mizael, em jogada de gente grande, fez um passe em diagonal para Beline aparecer pela esquerda e bater de canhota e com estilo sobre o goleiro. E o mesmo Beline, aos 43, por pouco ainda não marcou o quarto gol, numa bola que bateu em cima do travessão e foi pra fora.

Modificado, o Porto-alegrense veio para cima e assustou no segundo-tempo. Encurralado, o La Barca não conseguiu passar do meio-campo. Zapata precisou trabalhar e fez uma grande defesa no canto esquerdo. Aos dez minutos, depois de um grande bate boca, o árbitro, justificando que não conseguia ver o jogo direito por causa das constantes reclamações, ameaçou sair de campo. Mas depois que o chilique passou, ele continuou e aí o La Barca se reencontrou. Numa jogada criada por Dan e Beline, Fernando quase marcou. Na sequência, Japão meteu nas costas da zaga para Beline escorar e deixar Fernando na cara do gol. Mas o chute foi tenebroso e a bola foi para fora. Porém aos 26, Ânderson não falhou. Após receber um lançamento de Japão da esquerda, ele fez a diagonal, entrou pelo meio da zaga, driblou o goleiro e marcou o quarto gol do La Barca e o seu terceiro no jogo.   

Aos 29, mais um pênalti contra o La Barca, Dessa vez, sem discussão. Áureo, de forma precipitada e desnecessária, atropelou o adversário dentro da área. Na cobrança, Murilo chutou no poste direito e desperdiçou a chance. Depois disso, pouco futebol e mais discussão. Aos 36, finalmente Maia resolveu tomar uma providência. Expulsou Badeco, do La Barca, e Murilo, do Porto-alegrense. Os dois saíram discutindo e isso gerou uma enorme briga que encerrou o jogo aos 35 minutos. 

Quem ficou de fora da confusão e do jogo foi o meia/atacante Pedrinho. Confirmado na delegação, ele acabou não aparecendo. O motivo foi uma febre alta na noite de sexta-feira que o obrigou a procurar socorro no Hospital Mãe de Deus. Temeroso que o quadro de agravasse para uma nova pneumonia, ficou em observação e foi liberado no domingo. Assim, ele deve estar à disposição para o jogo do próximo sábado conta o Amapá.

La barca – Vini(Zapata-intervalo); Áureo, Badeco, Leonardo e Carboni; Mizael(Dan), Fá, Lúcio e Japão; Beline e Ânderson(Fernando).