A alma foi lavada, enxaguada e torcida. Não exatamente na mesma proporção. Mas o La Barca conseguiu devolver a vergonhosa goleada sofrida diante do Centenário, no jogo de ida, em abril, em Gravataí. A derrota foi pesada e, por isso, o troco era necessário. Para que não faltasse espírito de luta, nem combustível para o pós-jogo, a direção prometeu bicho-extra em forma de cerveja litrão. Três pela vitória e um para cada gol de diferença a partir diferença mínima.
Lá foi 7 a 2 para os donos da casa. Aqui, o troco veio com um 5 x 1 que só não foi maior porque o Centenário, além de chegar atrasado, catimbou bastante no primeiro tempo e tratou de pressionar o árbitro desde o começo do jogo.
A catimba do Centenário picotou o jogo e criou um clima pouco amistoso. Toda falta marcada ou lance duvidoso era motivo de reclamação. Talvez por isso, o La Barca tenha demorado para se acertar. E o primeiro gol só aconteceu aos 34 minutos. Cláudio se antecipou na defesa e passou para Anderson avançar pelo corredor central e bater de fora da área. A bola quicou na pequena área, matou o goleiro e morreu no canto esquerdo. Quatro minutos depois, Rovian avançou pelo meio mas bateu em cima do goleiro. Atento, Ronald aproveitou o rebote e, de cabeça, meteu para a rede.
No segundo tempo, o La Barca, talvez, já pensando nas cervejas do pós-jogo, entrou vacilante e relaxado. Errou vários passos e se complicou na defesa. Mas Anderson deu um pouco de tranquilidade ao marcar o terceiro gol logo aos três minutos. Fá lançou pelo alto. Anderson disputou por cima. Rovian escorou e Anderson, pela direita de ataque, bateu cruzado.
Mas isso não serviu para desmotivar o Centenário que descontou dois minutos depois. Numa falta de intermediária, Vini foi mal. Não segurou, nem rebatou. Deixou a bola escapar para frente e os gravataienses aproveitaram para marcar.
Apesar do Centenário mais discutir do que competir, o jogo só foi decidido quando Ronald marcou o quatro gol aos 26 minutos. E o lance foi parecido ao do segundo gol. Rovian, mais uma vez, chegou na cara do gol e bateu em cima do goleiro. Dessa vez, o chute foi forte e acertou o rosto do arqueiro que desistiu do lance e pediu para parar. O juiz não atendeu e Ronald aproveitou para chutar cruzado numa trave abandonada. E o último gol saiu aos 38 num contra-ataque. Fernando partiu pela esquerda e meteu um belíssimo passe em diagonal (daqueles que o Japão acerta um vez a cada 76 jogos). Natã, para desespero de Pedrinho, recebeu às costas da zaga e bateu com força para marcar o quinto gol e garantir mais um litrão pra galera.
LA BARCA – Vini, Badeco(Kiko), Cléber(Max), Cláudio e Edu(Áureo); Fá e Natã(Wander), Anderson, Japão(Vitinho), e Beline(Ronald) e Fernando(Rovian). Banco: Leonardo
NÚMEROS DA TEMPORADA
31 JOGOS 17 VITÓRIAS 7 EMPATES 7 DERROTAS
APROVEITAMENTO: 62.3%
GOLS: 112/67
ARTILHEIROS:
25 Ronald 15 Japão 12 Ben-Hur 9 Fernando 8 Natã
6 Rovian, Pedrinho e Anderson
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