Enfrentando chuva, frio, campo pequeno, arbitragem parcial, vestiário acanhado, truculência dos policias, vestiário apertado, atraso de salário, invasão de campo, banho gelado e até mesmo cerveja quente, o La Barca mostrou superação ao transformar uma derrota de 3 a 1 num valioso empate em 3 a 3 diante do Perimetral, no último sábado(02/10), no campo do Olaria, em Sapucaia do Sul.

Jogando no 3-5-2, o time tomou conta do jogo e abriu o marcador aos 12 minutos através de Diego,que cutucou para o gol após ser “pifado” por Lúcio. Mas logo em seguida, num chute da intermediária que acertou o ângulo esquerdo , o Perimetral empatou. A partir daí, o jogo ficou equilibrado e o La Barca, para não perder o mio-campo, passou a jogar no 4-4-2. Reorganizado, o time teve duas boas chances para fazer o segundo gol – uma com Diego e outra com Júnior – , mas o primeiro tempo terminou 1 a 1.

Na segunda etapa, o Perimetral mudou o ataque , o La Barca recuou e passou a ser dominado. Mesmo pressionando, o time da casa não conseguia concluir a gol. Até que, numa jogada pela direita, o ábitro Paulão, confirmando a sua fama de “caseiro” marcou um pênalti inexistente, batido e convertido pelo Perimetral. Perturbado com a arbitragem e desconcentrado, logo a seguir, o La Barca sofreu o terceiro. Numa cobrança de falta da intermediária, Rafinha disputou a bola na entrada da área e acabou, de cabeça, marcando contra.

Perdendo por 3 a 1, o La Barca começou a reagir a partir da entrada de Tião no lugar do Diego, que estava mais interessado em discutir com o juiz do que jogar futebol. Numa jogada de Dudu, Júnior recebeu pela esquerda e chutou rasteiro no canto direito, diminuindo a diferença. O segundo gol reanimou a equipe que foi com tudo em busca do empate. E ele veio numa cobrança de falta. Júnior chutou rasante pelo lado esquerdo e Kiko, mostrando um surpreendente oportunismo, deu um biquinho no meio do caminho para desviar o goleiro e empatar o jogo em 3 a 3.

No último lance da partida, “F2″(Fernando Fenônemo) partiu em contra-ataque pela direita e ao chegar na área se atirou ao chão, tentando cavar um pênalti. Paulão, confirmando a fama de caseiro, não caiu na conversa, expulsou Fernando e tratou de encerrar o jogo.

LA BARCA – Vinícius, Cléber, Nenê(Márcio) e Rafinha,Cléber Marques, Marcos Vinícius(Rogério), Lúcio(Dudu), Diego e Edu(Kiko), Tião(Fernando) e Júnior.

COTAÇÃO
VINÍCIUS – se abrisse a boca devez em quando, facilitaria as coisas. Não teve culpa nos gols. Nota 6
CLÉBER – uma atuação discreta, até o momento em que precisou operar uma atacante do Perimetral que tentava puxar um contra-atque. Nota 6
NENÊ – fazia um bom primeiro tempo, mas depois que saiu, “encarangou” e não teve mais condições de voltar. Nota 6,5
RAFINHA – num jogo faz pênalti, noutro, gol contra. Imagina o que vem por aí no próximo. Um perigo. Nota 5,5
CLÉBER MARQUES – aos poucos, vai confirmando a titularidade. Não ilude as pessoas. Não faz promessas, Tranquilo, eficiente, discreto, bom pai de familia, sempre com as contas em dia. Nota 6,1
MARCOS VINÍCIUS – no primeiro tempo, com mais liberdade, correu, correu, correu. Depois, na segunda etapa,na hora da reação, correu, correu, correu. Nota 5,5
LÚCIO – o cara trabalha numa farmácia e não consegue amarrar uma atadura. Imagina se tiver que dar uma injeção? Merece um destaque pelo passe que resultou no primeiro gol. Nota 6,5
DIEGO – tremenda lavadeira. No próximo jogo vai levar o fardamento para lavar em casa. Nota 5
KIKO – baita estraga prazer. Meteu o pé na bola e tirou o gol do Júnior.Nota 6
TIÃO – mostrou raça, talento e disposição. Foi o responsável pela reação. Nota 7
JÚNIOR – foi o nome do jogo. Um gol, uma cobrança de falta e ainda teve gás para ajudar na defesa. Nota 7,5
FERNANDO – precisa ensaiar mais. Ganha 6 como atleta e 5,5 como ator. Nota 5,75
DUDU – desde que o Inter ganhou a Libertadores, nunca mais foi o mesmo. Joga sob forte impacto emocional. Foi juvenil no lance que resultou em pênalti. Nota 5,5
EDU – não sabia se tava em Sapucaia ou Cachoeirinha. Nota 5,5
MÁRCIO – está entrando em forma. Já conseguiu participar de 40 minutos de jogo. Nada como uma noite bem dormida. Nota 6
ROGÉRIO – a exemplo do Diego, passou metade do tempo batendo boca com o juiz. Nota 6