Para a maioria, a derrota de 4 x 3 para o Migrantes no último sábado (27/11) no campo da (H)Olaria foi um resultado injusto. O capitão Fá saiu do gramado  espumando de raiva e até precisou de uma fitoterapia mais forte para se acalmar. Afinal de contas. o La Barca martelou praticamente todo segundo tempo em busca da  vitória e acabou castigado nos acréscimos, levando o quarto gol aos 48 minutos. Mas, numa análise mais fria e profunda, o resultado nem foi tão injusto assim. Talvez tenha premiado o time que teve mais garra e determinação. Afinal de contas, o Migrantes, com apenas dois no banco, e com pelo menos dois jogadores que, lesionados, foram para o sacrifício nos minutos finais, fez valer o maior empenho e a maior eficiência na hora de concluir.

O começo do jogo apresentou dois times sofrendo bastante por causa da condição do gramado. A chuva dos dois dias anteriores deixou várias poças d´` água que atrapalhavam o andamento da partida. Porém, o La Barca se deu melhor e conseguiu abrir o marcador aos 12 minutos numa jogada inciada por Cláudio no lado esquerdo. A bola chegou a Ben-Hur que rolou  para Tião entrar livre pela direita e bater cruzado e rasteiro fazendo 1 a 0. Aos poucos, o Migrantes também foi se adaptando ao gramado e começou a chegar no ataque. Numa dessas escapadas, aos 23, numa indecisão de Cláudio, o time visitante foi ao fundo pela direita e Ângelo, se antecipando à  marcação, aproveitou o cruzamento e empatou o jogo.

Onze minutos depois, Anderson, o homem do beijo triplo, “fomeou”. Não quis passar para Ben-Hur que entrava livre e arriscou uma cavadinha que teve como endereço o ângulo direito e colocou o La Barca novamente em vantagem. Mas antes do final do primeiro tempo, a zaga labarquense falhou novamente. Primeiro com Pedrinho que desistiu da jogada reclamando falta e depois por falta de marcação. Bruno, aos 42,  aproveitou pela esquerda e fez 2 a 2 .    

No começo do segundo tempo, o La Barca escapou de levar o terceiro gol logo no primeiro  minuto quando o Migrantes teve três chances seguidas no mesmo lance e não aproveitou. Porém, aos três minutos, a sorte não foi a mesma. Vini fez uma defesa parcial e, no rebote, Cléber afastou mal. A bola sobrou na esquina da área para Leonardo dominar e bater no canto esquerdo e decretar a virada para 3 x 2. 

A resposta do La Barca veio logo em seguida. Numa saída errada  do Migrantes,  a bola sobrou para Ronald invadir pelo lado direito e deslocar na saída do goleiro, fazendo 3 x 3. Depois disso, o La Barca se tranquilizou o foi em busca da vitória. Mas o gol teimava em não acontecer. A melhor chance veio aos 15 minutos quando Beline entrou livre, desviou do goleiro e a bola parou na poça d´”água, quase em cima da linha. Na sequência, Ronald perdeu mais uma chance chutando no poste. E, por fim, Vitinho bateu no canto e o goleiro salvou com o pé.

Na reta final, o Migrantes teve muitas dificuldades para se manter com onze em campo.Dois jogadores saíram com problemas musculares e um terceiro quase foi desmontado após um carrinho acidental do Beline. E mesmo assim, quase se arrastando em campo, o time adversário se deu melhor e chegou ao gol da vitória aos 48 minutos. Após uma bola levantada para a área, a rebatida foi curta e Leonardo, novamente, pegou a sobra a bateu rasteiro no canto esquerdo. Vini, com bracinho de motorista de Kombi, não alcançou e o La Barca, apesar da cara torta, teve que aceitar a derrota de 4 x 3.

LA BARCA – Vini, Rodrigo(Vitinho), Cléber, Leonardo(Alexandre) e Cláudio; Fá e Natã, Ânderson(Alemão(Beline)), Tião(Ronald) e Pedrinho e Ben-Hur.