Tinha tudo para ser mais um sábado horrível. E foi, mas apenas durante os primeiros 45 minutos.
O desafio começou logo cedo, quando Fernando, o camisa 9, precisou iniciar o jogo no gol, pois Vini não pôde comparecer por um imprevisto de última hora. Por sorte, o Da Lama conseguiu chegar apenas uma vez perto do gol do La Barca, e Nando catou com os pés. Até aí, tudo bem. A coisa começou a ficar feia logo após a entrada de Zapata, goleiro de origem, que prontamente saiu correndo de casa com o intuito de ajudar o time. Mas o fato é apenas uma coincidência, pois os três gols sofridos no primeiro tempo não estão na sua conta.
O Da Lama chegou aos gols por méritos próprios, mas também com ajuda da mão (in)visível do La Barca. Em um curto espaço de tempo, a esquadra labarquense errou duas saídas de bola (com Pedro Penna e Fernando) e levou uma bola nas costas. O time, que havia começado combativo, sentiu o peso dos gols e saiu desnorteado para o intervalo, com jogador expulso, expressões desoladas, pouca água para hidratação e com atletas no banco de reservas lamentando o que provavelmente não fariam melhor.
No intervalo, o técnico Lúcio mudou o esquema e tornou o time mais ousado. Funcionou. Passando para uma formação com 3 atacantes, o La Barca dominou completamente a partida e foi aos poucos criando pelo menos uma dezena de oportunidades. Mesmo com alguns jogadores improvisados (Natã como zagueiro, Pedrinho com lateral), o La Barca deixou de ser ofensivo aos olhos de quem assistia e passou a ser ofensivo rumo ao ataque, logo encontrando o caminho do gol. Antes de marcar, porém, ainda errou boas chances com Ronald, Nando e Anderson.
Explorando a bola área, uma das principais dificuldades do Da Lama, marcou de cabeça com Tião e com Ronald (sim, com Ronald) após boas cobranças de escanteio de Japão e Anderson. Aliás, foi dos pés do atacante Anderson que saíram diversas tabelas pelo lado direito com Tião, assim como o gol que igualou o placar. Recebendo passe dentro da área, ele teve tempo de dominar, escolher o canto esquerdo do goleiro e bater sem chance para o goleiro. O terceiro gol deu o gás que faltava (somado aos gritos de Zapata) e o La Barca criou ainda outras chances para virar, mas faltou capricho na finalização.
Jogo de superação, de improvisos e com um gostinho de vitória pela dificuldade de buscar um resultado muito negativo. Faltou o churrasco, mas os espetos e o fogo estão no Caribe…
LA BARCA – Zapata, Kiko (Pedrinho), Cláudio (Max) e Edu (Carboni); Fá (Ronald) e Natã; Tião, Japão, Pedro Penna (Anderson) e Beline (Fernando).
NÚMEROS NA TEMPORADA:
7 jogos
3 vitórias
2 empates
2 derrotas
Gols: 25/20
Artilheiros:
6 Ronald
3 Ben-Hur, Japão, Anderson
2 Léo, Beline, Tião, Will
1 Fernando, Pedrinho
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