Segue a escrita. O Vila Cristal continua sem derrotar o La Barca. Nos dez jogos anteriores, foram nove vitórias labarquenses e um único empate. No último sábado, no Complexo da Holaria, o tabu esteve muito perto de ser quebrado. O time visitante vencia por 4 x 2 até os 44 do segundo tempo, mas não conseguiu garantir aquela que seria o seu primeiro triunfo na história do confronto. Em dois lançamentos feitos por Lúcio, Leonardo, aos 44, e Ânderson aos 47, conseguiram marcar e manter a invencibilidade.
Sem as presenças dos lendários Litão, Keith Richards e Mick Jagger, o Vila Cristal veio com um time renovado. Gabrielzinho e Jorge infernizaram a defesa do La Barca e foram os nomes do jogo. Outro que infernizou foi Moisés. Com mais uma arbitragem confusa, ele foi bastante criticado, principalmente pelos dois primeiros gols do adversário onde os atacantes estavam em condição duvidosa.
Mas quem saiu na frente foi o La Barca. Num passe em profundidade de Ânderson, Ben-Hur, aos nove minutos, livrou-se do goleiro, ajeitou com calma e abriu o marcador. A vantagem durou pouco, Três minutos depois, a zaga fez a linha do impedimento, mas Moisés deixou seguir e Gabrielzinho entrou livre, encobriu Vini e empatou. Após o empate, o Vila cresceu. Gabrielzinho deitou e rolou e não fossem as boas atuações do zagueiro Leonardo e, principalmente, do goleiro Vini, a virada teria acontecido. O La Barca só conseguiu equilibrar o jogo a partir da entrada de Natã. Mas as chances de gol vieram somente em cobranças de falta. Na melhor delas, Anderson bateu no canto direito, o goleiro soltou, mas Beline não conseguiu aproveitar o rebote.
O segundo tempo começou trepidante. Com uma boa movimentação ofensiva, o La Barca foi para cima e nos primeiros minutos teve duas grandes chances que, por detalhe, Ben-Hur não transformou em gol. O Vila Cristal, com mais dois garotos da base, não demorou muito a responder e quando chegou ao ataque transformou Zapata em nome do jogo. Porém, quando as coisas pareciam controladas, veio a virada. Numa investida pela direita, o goleiro labarquense fez defesa parcial, mas, na sobra, Gilberto, em posição duvidosa novamente, escorou de cabeça e fez 2 x 1 aos 31 minutos.
Indignado com a arbitragem, o La Barca foi para o abafa e buscou o empate. Aos 36, num passe da intermediária, Mizael encontrou Ben-Hur na entrada da área. Ele invadiu pelo lado direito de ataque e bateu no ângulo esquerdo para igualar em 2 x 2.
Aos 40, o Vila Cristal começou a desenhar aquilo que parecia ser a sua primeira vitória. Max, que estava mito bem na zaga, se atrapalhou com o quique da bola e, de uma maneira precipitada, quase juvenil, colocou a mão na bola. Apesar das reclamações de que o toque teria acontecido fora da área, o árbitro marcou pênalti. Max foi expulso e, na cobrança, o goleiro Gordo bateu com categoria no canto esquerdo e fez 3 x 2. Desorientado, o La Barca virou uma bagunça e, aos 42, cedeu espaços para o adversário marcar o quarto gol com Gabrielzinho.
E quando ninguém mais esperava nada do jogo, a ponto de Max e Beline irem para o vestiário e o Vila Cristal começar a festejar uma vitória histórica, Leonardo deu um novo ânimo ao La Barca. Num lançamento de Lúcio do campo de defesa, Leo partiu pelo lado esquerdo com todo campo livre, passou pelo goleiro e descontou aos 44. E aos 47 veio o gol salvador. Novamente Lúcio descolou um lançamento em diagonal e encontrou Anderson penetrando atrás do marcador para bater cruzado e alcançar um empate em 4 x4 que parecia impossível.
LA BARCA – Vini(Zapata); Kiko(Pet), Cléber(Max), Leonardo e Mizael; Fá, Lúcio(Natã), Tião e Badeco (Beline), Ânderson e Ben-Hur.
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