Momento raro no jogo: Zapata faz uma defesa segura.

Nunca na história do La Barca um goleiro teve uma atuação tão desastrosa. Zapata, justamente na semana em que festejava seu aniversário de 31 anos(ou 34, de acordo com algumas informações), falhou nos três gols que sofreu e, não fosse o poder de reação da equipe, terminaria o jogo como o grande vilão. De fato, mesmo não querendo meter o bico, foi uma atuação de dar pena. Ele mesmo sentiu que não estava bem. Baixou a crista e suportou no peito o peso da má atuação. Justamente ele que sempre arrastou a asa para o lado dos nomes destacados da equipe, dessa vez teve vontade de se esconder, num lugar bem distante, tipo Peru, ou ManCHESTER. Mas tudo bem, no fim, Lúcio e Tião apareceram no ataque e marcaram os gols que selaram a vitória labarquense sobre o Porto-alegrense por 4 a 3, no campo do Bertaco, na zona sul de Porto Alegre.

Carboni(18) teve atuação destacada na lateral-esquerda e já está confirmado como titular em Encruzilhada.

 A vantagem do La Barca foi se adaptar rapidamente às dimensões do gramado. Bem posicionado e com um toque de bola de qualidade,o time orientado por Leo Perneta largou na frente aos 11 minutos numa jogada onde Ben-Hur roubou a bola na intermediária e, após uma troca de passes no meio, apareceu pela direita para bater cruzado e contar com a falha do goleiro para abrir o marcador. O time da casa tentou reagir, mas quando chegou ao ataque parou sempre em Zapata que, até ali, tinha uma atuação segura, onde nem mesmo um chute sofrido na mão o desestabilizou. Aos 32, Diego em belíssima jogada individual, driblou quatro adversários e chutou rasteiro. Mais uma vez, o goleiro adversário falhou e o La Barca ampliou para 2 a 0. O jogo seguia disputado, porém sob controle. Até que aos 42 minutos, Murilo bateu uma falta pelo lado direito, quase junto a linha lateral, e Zapata acabou surpreendido pelo efeito ou pelo vento,  chegou tarde  e não evitou o gol de desconto.

Ben-Hur festeja o prmeiro gol do La Barca.

 Na segunda etapa, o La Barca voltou bastante modificado e teve uma queda de rendimento. O Porto-alegrense começou a pressionar, mas sem criar uma grande chance.  Até que aos 16 minutos, numa cobrança de falta em dois toques, Zapata, acreditando que Murilo havia batido direto, não foi na bola e possibilitou o gol de empate. Na verdade, o volante Lu tocou na bola antes do chute  e o árbitro acertou ao validar o gol. Zapata tentou reclamar, mas a falha foi gritante e indesculpável. Mas essa atuação penosa ainda não havia atingido o clímax. Aos 21, nova falta a favor do Porto-alegrense. Murilo, mais uma vez bateu alto em direção à área para alguém cabecear. Porém, o cruzamento veio muito fechado e Zapata saiu para fazer a defesa. Porém, não segurou firme e  quando ele tentou fazer o giro para agarrar, ela escapou definitivamente e sobrou para Aimoré empurrar para a rede e estabelecer a virada.

Depois disso, o La Barca demorou para se recuperar. O somente nos últimos dez minutos voltou a mostrar um futebol de qualidade. E esse esforço foi recompensado com o gol de empate aos 37 minutos. Após uma cobrança de escanteio, Ben-Hur recebeu a sobra no lado direito e,girando, bateu forte em direção centro de área onde Lúcio chegou escorando de primeira para estabelecer o 3 a 3. E aos 43, para salvar a pele do goleiro Zapata, veio o gol da vitória. Japão bateu uma falta pelo lado direito e encontrou Tião quase na marca do pênalti. O “gigante de ébano ” de cabeça acertou bem rente ao poste direito, vencendo o goleiro do Porto-alegrense. Festa geral da torcida e todo mundo correndo pra saudar  Zapata que, a essa altura, já estava ajoelhado na grande área agradecendo aos céus pela reação labarquense.

Tião fez o gol da vitória e salvou a pele de Zapata.

La Barca – Zapata, Kiko(Dan), Cléber, Badeco e Carboni(Pedrinho), Fá(Lúcio) e Natã,
Júnior(Ânderson), Japão(Diego) e Cleiton(Tião) e Ben-Hur(Fernando).